Morada
Quando tudo era puro,
as carícias sutis ocorriam no escuro
Quando tudo era puro,
a flor do amor morava no “eu juro”…
Quando tudo era puro,
nós morávamos aquém dos muros
Quando tudo era puro,
eu e tu, lá… nos sentíamos seguros
Quando tudo era puro,
colhíamos os frutos, somente maduros
Quando tudo era puro,
os corações alados não eram duros
Quando tudo era puro,
os amantes não cometiam perjúrio
Ah, que saudade da beleza, da deusa,
da pureza do limão maduro!
Humberto de Campos
Escritor e Poeta
@humbertodecampos11