Morada

 

Quando tudo era puro,

as carícias sutis ocorriam no escuro

 

Quando tudo era puro,

a flor do amor morava no “eu juro”…

 

Quando tudo era puro,

nós morávamos aquém dos muros

 

Quando tudo era puro,

eu e tu, lá… nos sentíamos seguros

 

Quando tudo era puro,

colhíamos os frutos, somente maduros

 

Quando tudo era puro,

os corações alados não eram duros

 

Quando tudo era puro,

os amantes não cometiam perjúrio

 

Ah, que saudade da beleza, da deusa,

da pureza do limão maduro!

 

Humberto de Campos

     Escritor e Poeta

@humbertodecampos11

 

Humberto de Campos
Enviado por Humberto de Campos em 19/05/2022
Reeditado em 19/05/2022
Código do texto: T7519234
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