ESPETACULO!
Pragana do mal jeito que repulsa a bissetriz
Insensatez sem ser néscio
Loucura sem ser louco
Poema sem ter festa
nem letra e palavra
Quadro congelado por um triz
Nem por isso deixa de ser luz difusa
refratada e espalhada
Do tal poeta flui a seiva
se despeja uma leva
de onde deveria ter uma cicatriz.
O ébrio odor etílico que nauseia
Na lacuna um titubeio se infesta com mau cheiro
tonteira de andar em linha reta
Os sentidos represados passam em revista
o que sobra e dá pra ser aproveitado
O dia vindo ainda é sombra pra quem escuta o ditado
O circo malabarismo
Do cosmético narcisismo
Da penumbra o obscuro
Pra quem já se fez de rogado.
Chuta o balde
baixa a lona
finda mais um espetáculo!
Aplausos!
16/05/2022
11:12hrs