À Janela
Janela
Era tudo que queria a concubina do coronel
Era o alívio do claustro
A alternativa à porta da liberdade
Uma janela
Era o meio da vista desejada daquele alto
Era o através para o crime no asfalto
Era o pórtico de transposição para o fugitivo
Aquela janela
Era a esperança de casamento da antiga donzela
O meio de interagir da caseira tagarela
Fazendo de quem por ali passasse propriedade dela
Eletrônicas janelas
Alimentam o pensamento com os binários elementos da comunicação
Limita em quatro lados qualquer que seja a razão
Nessa passagem concebida como forma de expressão
Todas as janelas
Encerram em si a mágica da transgressão
Do físico translado ao pensamento vão
Elevando qualquer estado a 180 graus na imensidão