Evasiva inconstância
Perdido numa neblina inebriante
De minha inconstante consciência
Já estagnada de dor nos caminhos
Na evasiva inconstância dessa vida
Sinto a noite chegar com a solidão
Numa dor latente do querer, do ter.
Do desejar ser livre de tal angústia!
Sinto-me estranho preso nos passos
Numa fúria selvagem de tanto tédio
Não há explicação, só há ansiedade!
Nessa tempestade de aflição e dor
Brutalizando o meu querer e viver
Num dia sombrio e numa noite só
E nos terremotos temperamentais
Caindo as invernais chuvas de abril
Em noites loucas de ilusões perdidas
Nas paixões onde corações sonham
Em plena felicidade em viver a vida
Viver de verdade sem a vil mentira
Numa longa estrada quase sem fim.
TEXTO DO LIVRO:
PERSPECTIVA POÉTICA. 2017.