BORBOLETAS VOAM
Poesias são mutantes.
Escrevo cada parte,
Cada frase.
E cada palavrinha serelepe que dá gosto de ouvir.
Coloco-as aqui
Ali
Acolá
E vão me fazendo o desplante de não estarem prontas
e sempre me vêm com esta afronta
De ter que correr atrás dessas tagarelas!
"Mas estas danadas tem o atrevimento de enfrentar a minha caneta!"
E como as vezes são duras de lapidar!
Pronto!
Troquei uma palavrinha aqui,
outra acolá
e pronto!
Mas ainda não se cansam de me dar insatisfação,
Se arrastam pelas bordas, mastigam os cantos das folhas brancas
e se encasulam na minha cara!
Mas espero, que daí saiam belas borboletas!
Espero e escrevo
sem me aborrecer, então...
E depois de algum tempo só admiro o seu voar pra algum jardim florido onde hão de pousar...
02/05/2022
16:35hrs