BUSCA
Durante anos busquei o meu caminho, a minha felicidade!
Em meio a tantos tropeços, rasgos de estreitas alegrias:
Fui ou foram me levando?
Sorri, chorei, penei... Ou penei, sofri e sorri?
Que importa agora?
Nada fui nada sou e tenho medo,.neste instante, de nada ser!
Sou confusa ou me confundem?
Sou verdadeira ou menos falsa?
Sou inocente ou menos culpada
Quem ? O que sou?
Busquei tanto, procurei tanto... e acabei sempre no nada!
Se busco amor, encontro máscaras:
Se peço a palavra, abafam-na em direções opostas:
Se sou humilde, fazem-me menor:
Se me levanto, envergonho-me por medir vaidades:
Se choro, sou fraca:
Se grito, sou perdedora:Se calo; sou derrotada
E, assim, nada sou... nada fiz...
Ou nada me deixaram ser ou fazer!
Por Adélia Wanderley Moraes
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