A XÍCARA DE CAFÉ.

O líquido escuro na xícara vermelha, a fumaça subindo

e tremulando, ele a observa até que ela lentamente

desaparece no ar, mil pensamentos rastejando em seus

desavisados neurônios, terríveis desejos descontrolados.

Outro pequeno gole da bebida escura exageradamente

doce, ele completa a xícara uma vez mais, está confuso

e inserto no que deveria de fazer, são possibilidades que

lhe parece inviável, mas o desejo, é mais forte que ele.

Sem que perceba, a xícara está vazia, e pela terceira vez

derrama a fumacenta bebida, assopra, toma outro gole

que lhe queima os lábios, no susto, derrama sobre a mesa.

Enquanto a fumaça teimosa sobe dançarina se esvaindo

no ar, os seus pensamentos estão nela, ele a ama, mas não

pode se declarar a um amor cheio de impossibilidades.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 25/04/2022
Reeditado em 25/04/2022
Código do texto: T7502540
Classificação de conteúdo: seguro