A XÍCARA DE CAFÉ.
O líquido escuro na xícara vermelha, a fumaça subindo
e tremulando, ele a observa até que ela lentamente
desaparece no ar, mil pensamentos rastejando em seus
desavisados neurônios, terríveis desejos descontrolados.
Outro pequeno gole da bebida escura exageradamente
doce, ele completa a xícara uma vez mais, está confuso
e inserto no que deveria de fazer, são possibilidades que
lhe parece inviável, mas o desejo, é mais forte que ele.
Sem que perceba, a xícara está vazia, e pela terceira vez
derrama a fumacenta bebida, assopra, toma outro gole
que lhe queima os lábios, no susto, derrama sobre a mesa.
Enquanto a fumaça teimosa sobe dançarina se esvaindo
no ar, os seus pensamentos estão nela, ele a ama, mas não
pode se declarar a um amor cheio de impossibilidades.