Desvairada ansiedade
Esses sonhos vêm e vão e são portais
Vivendo entre o mundo real e o irreal
Onde busco a minha essência em mim
Na escuridão de minha sombra ao luar
Eu procuro encontrar uma luz interior
Numa força de pensamentos e sonhos
Viajo num mundo além deste tal lugar
Vibrando em viril felicidade almejada
Porém, eu não estou ausente e perdido.
Apenas distante desse tempo que virá...
Que se foi numa autópsia de tal verdade
Talvez distante de uma violenta mentira
Numa longa estrada quase sem sentido
Que por fim é apenas o começo de tudo
A jornada deste início de tantos sonhos
Desse abstrato pensamento que já flui...
Numa desvairada ansiedade que é cruel
Preenchendo essa minha fria alma vazia
Num cálice de dor e agonia em que vivo
Busco a chama do fogo da cruel paixão
Para libertar o meu ser de tirânica dor!
Num cálice de sangue que agonia ardor
Busco a chama do fogo da cruel paixão
Para sentir-me livre e voar num etéreo
Porém ouço silenciosas vozes femininas
Num âmago deste inconsciente coletivo
Eu vivo perdido em longas febris noites
Sonhando em sonhos que são pesadelos
No meio desse mar de lama de afliçôes
Fico e espero no desespero a dor passar
Até quando irei ficar esperando com dor
A eterna espera do velho tempo latente
As vezes sinto-me perdido nesse tempo
Na fúria louca deste tal esquecimento
Como se eu estivesse vivido por viver
Quando lembro daquele tempo passado
Na sensação de dejá-vu* do que passou
E das lembranças que vêm com o tempo
Num encontro com um ser inimaginável
No oculto e no mistério do inexplicável.
Déjà-vu* , pronuncia-se Déjà-vi, é um termo da lingua francesa, que significa já visto. Na psicologia é uma forma de ilusão da memória, pois o indivíduo possui a impressão de já ter visto determinado lugar ou passado por tal lugar.
TEXTO DO LIVRO:
SOLIDÃO POÉTICA. 2016.