Espírito
Num frio transe de meu pensamento
Vive um refúgio distante de meu ego
São os sonhos desperdiçados ao vento
De quimeras tristes, alegres e felizes.
Numa ventania que sopra no rio Negro
Afligindo esse meu ferido coração febril
A emoção fica muito além desse tempo
Sinto a felicidade que eu tanto sonhei...
As portas podem se abrir para o amor
Assim sentirei a vida pulsar nas veias
Vivendo nessa ânsia louca de tal viver
Em meu espírito livre que liberta-se!
Desejando a liberdade profana e pagã
Na busca incessante da vida e da morte
Em tais fragmentos perdidos ao vento
Na indesejável solidão tão implacável.
TEXTO DO LIVRO: SOLIDÃO POÊTICA
2016.