Inquietude
Numa manhã de pura ácida chuva
Só há saudades e fotos pra lembrar
No meu coração vibra na ausência
Para que a distância seja atenuada
Um sonho esquecido nessas dores
Numa fonte cristalina de bel prazer
De ruínas de lembranças esquecidas
Essa mais esplêndida virtude perdida
Na cortante lâmina que sangra a carne
Em desespero fúnebre da mórbida dor
Na inquietude que busca a vida perdida
Onde não há mais a alma no teu corpo Essa inocência perdeu a alegria de ser
E as estrelas dirão sempre essa verdade
Do dia amanhecer e a noite que se for...
Com toda essa fúria de um frio requinte
Nas garras do esquecimento da morte...
Para que a noite do presente seja fugaz.
Essa poesia é dedicada a memória de meu pai, Lázaro de Oliveira.
TEXTO DO LIVRO: SOLIDÃO POÉTICA
2016.