Inquietude

Numa manhã de pura ácida chuva

Só há saudades e fotos pra lembrar

No meu coração vibra na ausência

Para que a distância seja atenuada

Um sonho esquecido nessas dores

Numa fonte cristalina de bel prazer

De ruínas de lembranças esquecidas

Essa mais esplêndida virtude perdida

Na cortante lâmina que sangra a carne

Em desespero fúnebre da mórbida dor

Na inquietude que busca a vida perdida

Onde não há mais a alma no teu corpo Essa inocência perdeu a alegria de ser

E as estrelas dirão sempre essa verdade

Do dia amanhecer e a noite que se for...

Com toda essa fúria de um frio requinte

Nas garras do esquecimento da morte...

Para que a noite do presente seja fugaz.

Essa poesia é dedicada a memória de meu pai, Lázaro de Oliveira.

TEXTO DO LIVRO: SOLIDÃO POÉTICA

2016.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 26/03/2022
Reeditado em 26/03/2022
Código do texto: T7481079
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