SEM PALAVRAS
E agora?
Para onde foram as palavras?
A caneta aleatoriamente passeia sobre
O papel sem desenhar pensamentos lógicos.
Os temas “habituais” já foram tratados.
Assuntos sobre o amor, flor, dor,
Amizade, solidariedade, sinceridade,
Acenam confirmando suas presenças
E agora?
Onde está a emoção de escrever?
As palavras fogem de mim
Busco-as procurando nelas sentido
Encontro-as sem atrativos, frias, insensíveis.
E agora?
Percebi que as palavras são inocentes
Elas existem para dar sentido ao que já é
São labaredas que explodem do interior
Do vulcão da alma.
Ebulição da vida.
Entendi que as palavras não tem vida própria
São astros sem luz
Apenas refletem o brilho que emana do coração.
Ó coração!
São as palavras que dão sentido à sua existência
Que as palavras que são geradas em ti
Proclamem que tu és somente um coração humano
Igual a todos os corações que estão à sua volta
Perceba isto, escreva sobre isto.
E serás um manancial de poesias.