Como um candelabro

Vejo os demônios gritando, mas não os ouço

Ouço vozes de anjos, mas não os vejo

Vejo a ferida sangrar, e sinto a dor

Ouço os meus próprios soluços, e me vejo em caos

Penso que nada pode ser pior que eu mesma,

Mas sei que essa não é verdade

Vejo também luz em mim, e tudo o que ainda brilha

Ando como um candelabro, quase apagado

Mas que ainda ilumina por onde ando,

Vejo os demônios chorando, e porque é que eles choram?

Ouço os anjos cantando, e porque é que eles cantam?

Nesse mundo irreal e tão real quanto a dor,

Nada faz muito sentido, as vezes nem mesmo sentir.

Helen Amaral
Enviado por Helen Amaral em 22/03/2022
Código do texto: T7477971
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