Besta-Baco/Barroco-Beatnik

Pretensão ao nada e apenas o nada

E a beleza? Covarde. E a gentileza? Tardia

E apenas eu decifraria o passos da valsa paranoica

Somente eu abriria minhas vesículas a tua vinda

Assumo uma fé narcótica

Em castelos de sal pragmáticos

Eu recaio a dúvida e a indefinição

Ao afirmar-me desonesto na carne

Tenha as vaidades do gerúndio

Absorvendo edifícios e suas máscaras

Tenho o vício por tardar orifícios

E seu pomar de tomates e flores malignas

O elo perdido entre o último beatnik

E os ultrarromânticos adoecidos

Lambendo ossos descaracterizados de elefantes brancos

No centro da sala de espera do centro de dissecações

Meus braços ainda resistem

Ao calor da tua pele incenso

Mas minhas pernas relincham a fraqueza

Prematuramente antes da usurpação

Mumifica-me na pele dos teus lábios desenfreados

Descascando sobras imperativas das tuas cores favoritas

Nem mesmo o verão será tão vilão assim no futuro

Urge deuses artificiais do ar-condicionado

E meu grande desafio seria equilibrar emoções

No pico de minha euforia ou na derrocada de minha autoestima

Se eu apenas canto incapacidades e rancores,

Meus traumas são o rosto da minha própria inadequação de um mundo ínfimo

Praticamente meu corpo é um efeito dominó

A dúzias de décadas amando com violência o descuido

Exagero? Sem dúvida, estou em queda livre no abismo

Ao perder outra vez meu equilíbrio

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 14/03/2022
Código do texto: T7472060
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