Besta-Baco/Barroco-Beatnik
Pretensão ao nada e apenas o nada
E a beleza? Covarde. E a gentileza? Tardia
E apenas eu decifraria o passos da valsa paranoica
Somente eu abriria minhas vesículas a tua vinda
Assumo uma fé narcótica
Em castelos de sal pragmáticos
Eu recaio a dúvida e a indefinição
Ao afirmar-me desonesto na carne
Tenha as vaidades do gerúndio
Absorvendo edifícios e suas máscaras
Tenho o vício por tardar orifícios
E seu pomar de tomates e flores malignas
O elo perdido entre o último beatnik
E os ultrarromânticos adoecidos
Lambendo ossos descaracterizados de elefantes brancos
No centro da sala de espera do centro de dissecações
Meus braços ainda resistem
Ao calor da tua pele incenso
Mas minhas pernas relincham a fraqueza
Prematuramente antes da usurpação
Mumifica-me na pele dos teus lábios desenfreados
Descascando sobras imperativas das tuas cores favoritas
Nem mesmo o verão será tão vilão assim no futuro
Urge deuses artificiais do ar-condicionado
E meu grande desafio seria equilibrar emoções
No pico de minha euforia ou na derrocada de minha autoestima
Se eu apenas canto incapacidades e rancores,
Meus traumas são o rosto da minha própria inadequação de um mundo ínfimo
Praticamente meu corpo é um efeito dominó
A dúzias de décadas amando com violência o descuido
Exagero? Sem dúvida, estou em queda livre no abismo
Ao perder outra vez meu equilíbrio