Cross
No esforço para o impulso
Toda energia empenhada
Mas da razão avulso
Temia se perder na jornada
Com a força da paixão
Atravessou objetivos
Mas em perpendicular direção
Viu sonhos em caminho evasivos
Ou pareciam num futuro distante
Ou jaziam num passado sem volta
O desgaste de uma ansiedade excitante
Ou da alma uma tristeza como escolta
O “agarrar com unhas e dentes”
Planejado para a hora do cruzamento
Todo esforço se mostrou insuficiente
Receava ter deixado escapar o momento
Unhas roídas pela aflição
E de pancadas, uma arcada banguela
Que só faziam piorar a situação
Mas se lançaria de novo, na persistência sua cidadela
Os pulos já não eram tão altos
Mas seus objetivos tinham abaixado um pouco
“Ainda vai dar de cara com o asfalto!”
“Este é incorrigivelmente louco!”
Mas ao ouvir isto das pessoas por perto
Uma certeza lhe batia no peito
Estava no caminho certo
Sua sina era ser deste jeito
Porque na lápide fria teria o imenso prazer
Mesmo falhando, não delegava da sua vida, o comando
O orgulho de pelo menos poderem ler
Este viveu e morreu tentando