As andorinhas voando alto
Eu aqui em baixo avistando um balé
Sangrando em cima da estopa
Delirando no meu travesseiro
Na dura sorte dos amores
Aprendi da vida a morte
Sonhei sonhos de sonhadores
Inquieta e agoniada
Orgulhosa gerei meu pranto interno
Lavei a minha alma e afoguei meu coração.
Da solidão ao inferno indo e vindo
Carreguei as chagas por todo corpo
Ausente a alegria dos miseráveis
Moribunda estive contando os postes
Alma diminuída para caber
Amanheci na lama da saudade
Do meu corpo amargo
corrompido
Louco
Ardente
Secreto
Impuro.
Tenha de misericórdia de mim meu senhor !
Tenha de misericórdia!