As andorinhas voando alto 

Eu aqui em baixo avistando um balé 

Sangrando em cima da estopa

Delirando no meu travesseiro 

 

Na dura sorte dos amores 

Aprendi da vida a morte 

Sonhei sonhos de sonhadores 

Inquieta e agoniada 

 

Orgulhosa gerei meu pranto interno 

Lavei a minha alma e afoguei meu coração.

Da solidão ao inferno indo e vindo 

Carreguei as chagas por todo corpo 

 

Ausente a alegria dos miseráveis 

Moribunda estive contando os postes 

Alma diminuída para caber 

Amanheci na lama da saudade 

 

Do meu corpo amargo 

corrompido 

Louco 

Ardente 

Secreto 

Impuro.

 

Tenha de misericórdia de mim meu senhor ! 

Tenha de misericórdia!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esmeralda V
Enviado por Esmeralda V em 01/03/2022
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