VINHO E SONO

A janela abriu-se repentinamente

Sem que ação humana houvesse

E como a turbinar o meu estresse

Um vento frio adentrou o ambiente

Mesmo com a noite convidativa

Confesso, senti um pouco de medo

Talvez tivesse nisso algum segredo

Nessa minha mente dele cativa

Olhei firme para a garrafa de vinho

Ela não estava nem na metade

Eu, um homem de meia idade

Sentindo certo receio ali sozinho

Tive até intenção de me levantar

Do meu sofá bastante confortável

Mas ali fiquei tranqüilo, estável

Sem nada conseguir argumentar

Senti que meu sono já era iminente

As pernas não mais me obedeciam

As forças não mais me pertenciam

Em pouco tempo estaria inconsciente

Então abri os olhos repentinamente

Sem que fosse minha a decisão

Não imaginam qual foi minha visão

Já era manhã, dormi milagrosamente

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 22/02/2022
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