VINHO E SONO
A janela abriu-se repentinamente
Sem que ação humana houvesse
E como a turbinar o meu estresse
Um vento frio adentrou o ambiente
Mesmo com a noite convidativa
Confesso, senti um pouco de medo
Talvez tivesse nisso algum segredo
Nessa minha mente dele cativa
Olhei firme para a garrafa de vinho
Ela não estava nem na metade
Eu, um homem de meia idade
Sentindo certo receio ali sozinho
Tive até intenção de me levantar
Do meu sofá bastante confortável
Mas ali fiquei tranqüilo, estável
Sem nada conseguir argumentar
Senti que meu sono já era iminente
As pernas não mais me obedeciam
As forças não mais me pertenciam
Em pouco tempo estaria inconsciente
Então abri os olhos repentinamente
Sem que fosse minha a decisão
Não imaginam qual foi minha visão
Já era manhã, dormi milagrosamente