Brancas Folhas
Quem me dera escrever poemas brandos
Escritos sem nexos,
Na forma clara e transparente
Com o vento a soprar
Aquele que anteriormente
Arejava a árvore de folhas brancas.
Passagens descontínuas
De sentimentos incertos
Na busca de uma resposta
No mínimo convincente
A uma pergunta inexistente.
Natureza contorcida
Em páginas esquecidas
De um livro abandonado.
Quem me dera a poeira sorrateira
De escritas traiçoeiras
Ativassem o sangue iletrado
De ilustres textos acorrentados
N’alma percebida: a força motriz
Sacolejando o braço febril
Em luta:
Poema anônimo.