A(PENAS) HUMANO



Escrevo linhas de fé

Entre as brechas da saudade

Como quem só quer, 

No amor que nos invade,

Um réquiem do sol que nos vier

Como verso em luz e tempestade...




E, assim, disperso toda chama

Do que seja a lama da mentira

Na peleja de quem sente e mesmo ama,

De repente, no céu que nos insira

Um só véu contra o universo que declama

O mesmo verso de comprar a mesma lira...



Não, não rimarei mais nada...

Amarei apenas o que for humano,

E, ainda assim, frágil, lídimo e vulnerável,

Entre estrelas brilhantes de almas que pedem

Sonho e luz, muito além da vida,

Muito além de tudo que possa ser poético...



E, por isso, escrevo linhas quaisquer,

Linhas de fé, desenhadas pelo sonho,

Minhas, ou suas, ou nossas

Emoções intrépidas do que seja humano. 



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