IMPROVISO
A gente se perde, se encontra, e se perde de novo,
É uma questão de constância na inconstância, um círculo vicioso,
Parece que nossa ânima brinca com o sangue de forma visceral,
E quem éramos ontem não é igual ao de hoje e nem ao de amanhã,
Essa é a regra, qual seja, não ter regra,
Deve ser por isso essa constante sensação,
Essa frenética inquietação,
Que acende como fogo de palha,
Queimando as certezas e fazendo-nos buscar o novo,
Que talvez nem saibamos o que seja,
E não há nada de errado,
Então por que ficar preocupado,
É uma questão de constância na inconstância, um círculo vicioso,
A gente se perde, se encontra, e se perde de novo,
E quem saberá quantos de mim ainda irei achar,
E quem me dirá quantas perdas, encontros e reencontros irei praticar,
Sim, quem éramos ontem não é igual ao de hoje e nem ao de amanhã,
Essa é a regra, qual seja, não ter regra,
Para cada pedaço que morre há outro que nasce,
E se preciso for a gente renasce,
Na vida não há ensaio, somente improviso,
E que seja a maioria deles o motivo do nosso sorriso.