Sem poesia pra mim
Pra que poesia pra mim?
Se nem sobre amor sei dizer
Subir montanha a dentro sem rumo nem fim
Chorando a saudade ainda por viver
Vou me embora nas encostas da solidão
Versejando o céu boreal de sampa
Ou morrer escorrendo no corrimão
Com a angústia até a tampa.
Na verdade, tudo é de mentira
As paredes cinzas contam as histórias
Enquanto o fluxo se afunila na multidão
Se tornam um só , universo vilão
Da pureza da briza
Do caminhar lento
Da hora que paraliza
Por um momento.