O tempo do esquentado coração
Na sensibilidade enraizada há fantasias
Crê bem no mais próximo da inocência
Em espírito pesquisa no som da ternura
O cinza abraço há no arrepiado coração.
O cuco estúpido nasce no marco da lua
O sentimento desossado entope o íntimo
A acrimoniosa dor encolhida no coração
Não deturpa nada acolhida pelas mágoas.
O céu até parece querer brincar de novela
Escolhe um tempo e busca encenar rusgas
Não requer nem exige pedaço da sabedoria
Exposta na lata da conserva jogada no lixo.
É tudo questão lá da inteligência do coração
Em algum momento a chuva pode até chorar
Não precisa audiência para mostrar na cara
Os erros escaldantes em uma cabeça bronca.