Desentoado
Sentada no meio da praça
Com Carlos nas mãos,
Imaginando como caí na Quadrilha
Pensado em como sair dela
Com meus olhos arregalados
Você me olha indefinidamente
Ainda sinto o cheiro das flores,
Das árvores do jardim
Senti como se tivesse que apostar alto
Em algo que poderia ser sempre o cavalo azarão
Quando completei maior idade
Vi o tempo parar
Era como se nada se movesse
E os móveis estivessem empoeirados na casa antiga
Vento nas minhas bochechas
Um ar de homem agradável
Como poderia saber?
Que não me queria igual?
Na verdade me iludiu
E depois me descartou como jogo antiquado
A magia se acabou
E não há como voltar no tempo
Me olhava bem, até a página dois
Logo imaginei me tornar Maria,
Ao menos penso até hoje
Com toda marca do que me deixou,
Os desencontros foram muitos
Os assombros também.