Do próprio tempo

Do próprio tempo

O Brasil político, sem pestanejar,

Enfatiza a bagunça de sua imaturidade

Da ausência de liderança, do fazer pela metade

Caminha para o inequívoco lugar.

O Brasil econômico, mesmo que vá direcionar

Nunca soube desenvolver a equidade

Poucos têm muito, outros, nem a metade

No abismo econômico a se considerar.

O Brasil social, carrega chagas e orgulho

O preconceito ainda apresenta exemplos

Da liberdade, raríssimos sentimentos

O negacionismo preserva-se no mergulho.

O Brasil cultural, cambaleante

Novelas , minisséries, filmes e teatro

Na recente história, deu-se à face o mau trato

Mesmo para o povo preservando-se cativante.

O Brasil, portanto, vive às cegas

As dificuldades margeiam o infinito

De qualquer ângulo, descasos e conflitos

É a cicatriz do sofrer que não se nega.

Marcel Lopes

17/01/2022