O ritmo do quilombo

Acordei com vontade de escrever o que está no meu coração

São altas mensagens e altos mares que transbordam dentro de mim

Pelo vigor da minha inocência

Minha alma apela uma energia " à madrugada"

Sinto o som do paraíso a desfalecer embrulheiras das ruas

Algumas embreadeiras e um som silencioso a apelar que se confraternize o seu instrumento

Quiçá seja ouvido

E que venham dançar os que sabem dançar

Ao que se devem encontrar no círculo do Quilombo

Que não se negligencie nenhum ritmo

O som das aves a voar, o silêncio que a noite faz, a paz, o horizonte que sinto, são a própria dança

Lá fora, ousa-se ritmos diferentes, vozes africanas, e eu estou na melodia do silêncio feito pela noite

Desejando que a dança que se faz na madrugada aplane em todas as vizinhas do alheio

Envelhecido querendo que todos usufruam da dança que se concretiza, acolá

Pela noite dos mistérios

A dança deixa embriagados todos que não dançam no círculo do Quilombo.