LÁGRIMA
Ninguém jamais deixou de senti-la
É rio de águas torrenciais
Às vezes sendo calmaria na vida
Ou resposta de momentos especiais
É clara ou escura como carvão
Dependendo da conjuntura
Chega a escorrer no coração
E mostra a cara da amargura
Molha sorrisos sinceros
Rega grandes pomares
Atribui-se a grandes mistérios
Relembra até lugares
Purifica e lubrifica o nosso enxergar
Do olho ao chão, cai tão pesada
Vai caindo e travando o caminhar
Pela sua enxurrada
É sal nos olhos, queima o peito
E jamais nenhum sujeito conseguiu segurar
Quando bate o aperto
Nem JESUS que foi perfeito
Fez a lágrima parar.
Vélydson Matheus