Dois mil e vinte e um
Entre idas e vindas
Chegadas e partidas
Risos e choros
Permaneceu a resistência.
Foi conturbado o caminho,
Em que seguimos um destino
Sem saber o seu desfecho
Mas fomos peregrinos.
As partidas doloridas
Fizeram sangrar em nossas vidas
Lembranças e saudades
Do percurso dessa viagem
Que custou o luto.
O luto pelo cheiro não mais sentido
Pelo abraço não despedido
Nos tornando frágeis
e despidos da força de um vencido.
Para uns foram risos
Para outros sacrifícios
De um ano bem puxado
Com acontecimentos pesados
Foi frustrante não vencer
E um outro ano começar sem antes neste ganhar.
É olhando para trás
Que nos alavancamos para frente
Buscando horizontes
Em águas correntes
Onde somos navegantes
Em mares desconhecidos.
São nesses idos
Que acontecimentos esquecidos
Se fortalecem na memória
Nos deixando rendidos
À eloquência de cada história.
É finalizando um trajeto
Que outro se inicia.
É vivenciando histórias
Que a vida se materializa.