si
Gostaria ter escrito as mais belas palavras, mas enquanto elas ainda estão no útero e não viram a luz de um druida;
essas permanecem engelhadas, como ainda buscassem-se a cada letra a se juntarem para compor um vocábulo de uma estrofe mal construída.
Quisera escrever a mais singela silaba, mas que o si, não necessariamente seja a mais aguda nota, pois só quem anota de fato, notará que quando se está senhor de si, não se percebe que toda flor tem sua função, tal como aquela bela menina, que por ora só existe por que me fascina, e mesmo sem querer, com seu sorriso solto, muito me ensina.
E o que será que me fascina?, Se a minha sina, se espelha quando rasguei o certificado do curso intensivo de matemática aplicada, relacionada à essência da medicina.
Pudera ter a sabedoria dos anjos, dos arcanjos, ou de um semideus,
Porque quem por acaso a vida me deu;
não se ofende quando lhe nego a maternidade, pois Ele tão mais senhor de mim;
assim bem o sabe, que nada se é pleno, quando se desconhece o inicio, o meio e o fim.
Sabedor do certo e do errado, se eu fosse o pai de todos os que se julgam culpados;
Certamente não consideraria pecado, e perdoaria todos que me reivindicam a razão;
E no uso da prerrogativa de não ter sido bem educado;
Rogaria aos insanos incautos, e injustiçados;
a sentença mais justa praquele que por se ver em ter direitos, vence o mais fraco, perdendo as duas mãos.
A espada empunhada da bainha ainda se faz mais forte naquele que se descreve como o mais frágil;
Ágil é a serpente de todo mal incontido;
Olvido do ensinamento Daquele que um dia deixara a boa nova para os menos favorecidos.
Provido de conhecimento da superfície de um pires fundo
escrevo todos os dias a sina que sinaliza as minhas letras de calão retorcido;
expressando as impressões do umbigo do meu mundo.
Ainda que escrevesse as mais belas falas, dos anjos e dos santos que eu tivera aprendido;
Esquecido, por ora sou somente o címbalo do sino que badala e abala o meu eu mais profundo.
Mas de qual sabatina, surgiu aquela menina, que me encanta com os seus monossílabos desconexos;
quando sou reprovado nos exercícios matemáticos não menos complexos?
Aí vem a voz daquele que insiste em afirmar que em mim confia,
Fazendo-me sentir em mim mesmo, a dor do outro que ninguém sentia.
E assim, quero entender porque o “si” é a 7ª nota mais aguda;
Toda vez que me vejo na pele daquele que clama por ajuda.
PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)
25/12/21