DEMASIADA(MENTE)
Juliana Silva Valis
Em compassos sós, a vida segue assim
Entre tantas lágrimas e alguns sorrisos,
Imprecisos dias do começo ao fim,
Apreço em paz dos sonhos sem avisos...
E se, nos labirintos dessa humana mente,
Despencarem vias de seu coração,
Olhe além das frias noites, de repente,
Repare como voltam os versos de verão...
Não há nos universos nada tão loquaz
Quanto o próprio amor que sua essência pede,
Entre alma e mundo, entre guerra e paz,
No sonho que perfaz o tempo que não cede !
Necessário, pois, é superar o engano
Pelo próprio bem que o amor enfrente
Além da tristeza, em cada breve plano,
E falar de tudo o que sua alma sente
Demasiadamente, como um sol humano,
Como um mar da vida que se faz de gente.
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