Quando Escrevo...

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Quando escrevo algo relacionado a um "outro alguém" , a caneta se comporta como um burro empacador, com o peso da carga. Insiste em não prosseguir sua trajetória com suavidade, no espaço branco do papel.

As palavras têm preguiça de fluírem; perdo o foco facilmente e me ponho a vagar...

O pensamento sugere a interromper o que faço.

Nesses instantes não vejo tanta graça no que sinto e produzo. "Provavelmente isso não será algo agradável". — Imagino.

Prefiro não insistir numa tarefa assim, se a pena não deslizar na linha, e o meu coração não abrir.

Não haverá prazer na viagem da imaginação se não houver uma folga na alma do viajante...

A situação se inverte e a inspiração flui com suavidade. Quando a " Céu" a minha musa inspiradora, for o assunto do meu texto. O universo se abre receptivo a meu favor, e o poeta preso em mim se liberta...

Saio a correr como louco, pelo mundo afora, a espalhar ao ermo, fragmentos poéticos de doces dizeres; por todos os lados!

O coração se abre receptivo a receber e compartilhar coisas boas...

Assim, valsamos nas emoções... Com alegria na alma, no rosto, a me ver num bater de asas em liberdade. — Como um ser voante, em voos altaneiros, a contemplar uma graça angelical.

Nesse imaginário ilariante, sigo suavemente, cada vez mais envolvido no fantástico mundo do inatingível.

*Nemilson Vieira de Moraes

Gestor Ambiental/Acadêmico Literário.

(22:12:15)

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 13/12/2021
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