Pólen
Eu sempre me senti inferior por muito tempo, por não conseguir ser nada em concreto.
Eu sempre tentei me entender, me escutar, ouvir o que minha alma tanto queria me falar.
Até perceber que a vida é feita de movimentos, de fases, e ciclos.
E que está tudo bem eu ser falha, tudo bem eu não ser nada do que e eu queria ser ou ter.
Aprendi que eu posso ser e ter depois, não há nada de errado em continuar lutando em busca do que se sonha.
Hoje vivo apenas em busca da minha melhor versão, na esperança de levar pólen de amor e empatia pelo mundo, como as borboletas e abelhas.
Na esperança que as almas possam florir e se transformarem, fazendo brotar um lindo girassol, até mesmo em terrenos inférteis.
Não sou ainda quem eu queria ser, estou em transformação, me reinventando.
Talvez eu nem queira ser algo em definitivo, talvez eu só precise entender o fluxo da vida e aceitar que a vida é inconstante mas é bela.
E que mudar, mesmo que seja um processo demorado e doloroso, me levará para uma vida nova e cheia de possibilidades.