TUDO QUE COMEÇA UM DIA ACABA
O grito surdo de um pensamento
Se espalha aos quatro cantos
Me enche de espanto
Instala-se o tormento
O coração dispara
As mãos, a tremer
Começo a remoer
Como a vida é rara
Uma efêmera viagem
Única a paisagem
Um novo começo no fim
Não se leva bagagem
Ao término da passagem
Não sobra o bom ou o ruim
Apenas poeira ao vento
Sozinho, ao relento
O descanso eterno
Aqui jaz o sofrimento
Com a morte o casamento
A terra é o próprio inferno