Importância
É de extrema importância
Que se saiba reconhecer sua própria insignificância
E que não se deixe a silenciosa cacofonia se tornar preponderância
E que a repulsa, nojo, ódio que crescem por dentro sejam podados cedo
Mas não muito cedo. Ao menos dê utilidade à raiz cortada da daninha, afinal
Dói. Bastante. O processo inteiro é espinhoso e machuca sempre com um corte diferente. Portanto floresça
É inacreditavelmente crucial
Que se saiba reconhecer quando se alcançou o epílogo - principalmente o momento terminal
E que o início e o meio não sejam motivos de arrependimento, mas sim de prazer memorial
Não temos como saber o que vai acontecer
E nos limitar com medo do futuro e aflição - por intermédio do passado
É triste. Lembre-se: mesmo que corte, às vezes rapidamente (quando com sorte) e sempre profundamente, respire
É muitíssimo elementar
Que se evolua com o que viveu e aprendeu durante o caminhar
E que a última sirva de lição para a próxima, não tendo-se medo de encarar
As diferenças. Embora nunca sejam iguais
Cada uma deposita sua marca - que, tal qual a nódoa de água de coco, nos remete a
Saudades. Do verão. Ou seria primavera? Todas (as estações) deixam seu resquício agridoce na lembrança
É substancialmente necessário
Que se dê tempo
Que se dê espaço
Pode ser difícil acreditar no efeito gerado
Porém, não esqueça: já aconteceu antes, está se repetindo e pode voltar a...
Aconteceu. Termine e volte ao início. Depois, adicione uma estrofe
É preciso sentir, saber quando continuar e saber quando parar
Os momentos exatos nunca virão - e não é problema não saber julgar
Mas é indispensável que não perca a graciosidade: não se deixe transbordar
A lisura da reação deve ser seu maior objetivo
Não se deixe seduzir pelo caos - neste momento, o que é de maior semelhança a você
Durma. Explore. Beba. Mas não esperneie, a corda é fina e a queda é alta.