TODAVIA

...todavia há um desejo

de eternidade em tudo

que chega ao fim...

qual flor caída deixada

aos pés dos bancos,

desprezada dos olhares,

e como que num derradeiro

suspiro abandona-se

nos caminhos das gentes,

a nutrir e a colorir ainda

a terra que lhe acolhe,

a alentar o olhar sem brilho

de algum louco contumaz

apaixonado que se nega

a ver o seu vazio mundo

em preto e branco,

não obstante findo

um ciclo de cores

mescla de perfumes

e breve felicidade.

Almarik
Enviado por Almarik em 10/10/2021
Reeditado em 10/10/2021
Código do texto: T7360834
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