Chamados das montanhas
Posso ouvir na distância, chamados
Das montanhas convidando a subir até o cume
De lá, de peito aberto abraçar o mundo
Receber os ventos, sentir o sol mais perto
Ao longe observar detalhes, tocar com os olhos
Que é como mais nitidamente a alma sabe
Das casas, das pessoas, dos animais, dos pastos,
Dos rios...ah ...os rios...esses vestem os invernos
No preparo da escalada, o peito sem mágoas
Dores deitadas ao chão abandonadas
Bagagens apenas dos sagrados entendimentos
Da imutabilidade de alguns fatos da vida
Atraída pela idéia de aceitar o convite
Preparo o coração, sabendo que os cumes
Das montanhas são infinitos, são portas abertas
As maravilhas, há porém que observar os precipícios