contrassenso
No dia Sete de Setembro um tal de
Pedro, tornou-se herói, proclamou uma independência, encenou um espetáculo.
Todo o povo o aplaudia!
com palavras bem bonitas e com certa desinteria. Bradou em alto e bom som, a beira do Ipiranga sendo o primeiro a assentar, o dejeto as suas margens, e bradar:
- Independência ou Morte!!
Esse grito retumbou, e em suas águas rolou
Essa frase ecoou, mas nas casas do povo não entrou.
A fome contínuava, a morte assolava, as doenças cresciam, a pobreza aumentava
Mas o grito ecoava!
Essa fábula independente, agora com outro
remake aos sons desarranjados. Vão construindo e ao mesmo tempo destruindo tudo que vê pela frente.
Neste mundo verde e amarelo nem o Senhor Pedro ,um sujeito até culto, não teria lugar.
Uns brados perturbados, perpetuam e não escondem a violência, a ignorância, a maledicência.
Tendo um único padroeiro um Messias aqui na terra, distribuindo uns berrantes. Proclamando o fim dos tempos, aos quais julgam tacam pedras, açoitam quem tiver presente.
Esses fluídos da independência que jazem as margens do Ipiranga, nunca foram tão ausentes. Independência ou indecência, os pobres ficando cada vez mais pobres, a fome cada vez mais insana, proclamando nas margens do pranto.
O povo tornou-se inimigo, a ignorância converteu-se pra erudição e assim a humanidade caminha....Assim sem coração.