Quando passam as horas
Quando passam as horas,
Por vezes não noto o tempo passar...
Segundos...Minutos...Que se vão embora,
E tempos perdidos, não posso alcançar...
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Quiçá, a rainha do tempo me perdoe,
Dando-me de presente o que deixei de viver.
Mas se não puder, espero que não me caçoe,
Porque ainda não deixei de crer...
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Pois acredito nas palavras do vento!
No argumento do tempo, no espelho das horas.
Acredito no futuro, quando passa a ser momento,
E nas despedidas, quando alguém vai embora...
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E assim quando as horas passam, eu sinto!
Como se me afogasse num copo de verdades...
Embriagando-me com o doce de seu absinto,
Para não perceber o adiantar de minha idade...
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Não sou homem suficiente para encarar a morte,
Tenho medo que um dia o diabo queira me levar...
Mas morrer, não é apenas uma questão de sorte,
E sim de tempo, quando ele silenciosamente passar...
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Pois quando passam as horas, o relógio trabalha...
E passam, mesmo quando ele se encontra parado...
Os ponteiros são lâminas ao qual o tempo retalha,
Transformando o momento presente em passado!
Marco Ramos