Silêncio da Resposta 

Corpos nascentes que rolam das encostas
O social tecido, nessa hora não se mostra
uma esperança candente que nasce morta
escutemos todos o silêncio da resposta
 
Manhã que se opõe às noites sem apostas
flor da aurora, indago-te do que ela gosta
temo a rompante, um punhal pelas costas
escutemos todos o silêncio da resposta
 
Estética social de toda igualdade imposta
fim da madrugada, indago se me suportas
responda tal astuta, por sujas frases tortas
escutemos todos o silêncio da resposta
 
Vida e morte do espiral, da alopatia oposta
no cais a dor da perda, à tal carta comporta
um aceno, um abraço, que o flagelo exortas
pensemos todos no silêncio da resposta
 
Humberto de Campos
  Aprendiz Holístico