A poesia me deixa em pedaços
Tão quente que o sol se derreteu
No asfalto
Para a moça bonita passar
Entre os dentes
Versos e prosas
Aguardando o vento soprar
Na praça as flores não estão de graça
A quem se embriague entre copos
Eu troco os passos
A cada movimento que ousas
Contando o que é longe e perto
Do alto eu vejo os pássaros
A costurar o dia após dia
A poesia me deixa em pedaços
Refletindo-me pra todo lado
O amor amparado
Repousando do pouco de tudo
Conhecendo a via
Dos segundos e dos minutos
É tanto encher e esvaziar
Tem quem sinta a demora
E outros nem sentem passar
O sol derretido molha os olhos
O ardor na pele soprando o eterno
Momento de agora