O Sol acordou e eu nem dormir...

O Sol acordou e eu nem dormir...

Tantos sentimentos me rodearam nesta noite infinda,

A criatividade sacodia minha cama,

Mas a ansiedade as expulsou de mim.

Não sei porque, mas penso na vida de forma intensa demais

Acredito que por isso levo para cama as saudades e as preocupações desenfreadas.

Aquelas pisadas prematuras que ficaram lá atrás, continuam intactas;

Elas falam dos momentos presentes que representam a imaturidade do eu:

Eu Narciso, que morre e ressurgi... acontecência.

A vida nos prega cada peça, e nossa precocidade desenleada leva nossa paz.

O mundo anda de pernas para o ar,

O ar anda de pernas para o mundo...

E nesse jogo tudo acontece...

Ouvir dizer que nessa vida tudo pode acontecer

Inclusive nada..., mas o que seria o nada se até ele já é alguma coisa?!

As vezes penso que os suicídios dos poetas deveriam ser perdoados,

Eles têm uma facilidade absurda de enxergar o invisível...

E com isso sofrem...

É obscura a forma que desenrola esses fatos...

A observação que eu faço dessa vida cíclica também é surreal,

E as realezas que compõem esse enredo são fantasiosas demais

E quem sabe por isso o alvo torna-se sempre obscuro, contudo a desistência é antagônica.

Todas essas informações que antecedem a volta do EU Narciso mostra o quão hipócrita não desejo ser, pois na verdade todos temos um narcisismo impregnado e por isso lutamos e lutamos e lutamos.... Entretanto é densa essa luta e consequentemente sucumbimos o mais nobre discurso que também se torna obsoleto nesse jogo infernal de ideias transcendentais.

Danilo Matos
Enviado por Danilo Matos em 12/07/2021
Código do texto: T7297720
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