O Sol acordou e eu nem dormir...
O Sol acordou e eu nem dormir...
Tantos sentimentos me rodearam nesta noite infinda,
A criatividade sacodia minha cama,
Mas a ansiedade as expulsou de mim.
Não sei porque, mas penso na vida de forma intensa demais
Acredito que por isso levo para cama as saudades e as preocupações desenfreadas.
Aquelas pisadas prematuras que ficaram lá atrás, continuam intactas;
Elas falam dos momentos presentes que representam a imaturidade do eu:
Eu Narciso, que morre e ressurgi... acontecência.
A vida nos prega cada peça, e nossa precocidade desenleada leva nossa paz.
O mundo anda de pernas para o ar,
O ar anda de pernas para o mundo...
E nesse jogo tudo acontece...
Ouvir dizer que nessa vida tudo pode acontecer
Inclusive nada..., mas o que seria o nada se até ele já é alguma coisa?!
As vezes penso que os suicídios dos poetas deveriam ser perdoados,
Eles têm uma facilidade absurda de enxergar o invisível...
E com isso sofrem...
É obscura a forma que desenrola esses fatos...
A observação que eu faço dessa vida cíclica também é surreal,
E as realezas que compõem esse enredo são fantasiosas demais
E quem sabe por isso o alvo torna-se sempre obscuro, contudo a desistência é antagônica.
Todas essas informações que antecedem a volta do EU Narciso mostra o quão hipócrita não desejo ser, pois na verdade todos temos um narcisismo impregnado e por isso lutamos e lutamos e lutamos.... Entretanto é densa essa luta e consequentemente sucumbimos o mais nobre discurso que também se torna obsoleto nesse jogo infernal de ideias transcendentais.