Interpretação de um poeta bêbado

Toda vez que penso em algo

Sinto que passo algo a alguém

Mas nada passo por entre passos

Consideram-me... Um Zé Ninguém

Todavia... A via-crucis,

Feriu fiéis e precavidos

Até eu... Um desprovido

Já fui hostil e sem virtudes

Não sei ao certo porque seria

Sei que sou quase um abutre

Não seria um jornalista

Sem más notícias que a todos nutre

Despeço-me da teogonia

Que um certo Drummond

Escreveu em sua poesia

E retratou outro José

Cá estou. Sabe como é

Alcoolizado e sentado

É mais seguro do que em pé

...Posso escrever, agora bêbado

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 09/11/2007
Reeditado em 10/12/2007
Código do texto: T729629
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