NOS CONTRAS DOS PRÓS
Na insanidade diária, a solidão se posiciona
e o que ela ocasiona derrama em ondas de amargura,
enquanto as lâminas cortantes da angústia
dilapidam as dores ínfimas de uma existência contrária,
precária em expectativas e repleta de pesares.
Haveria ainda outros lugares, onde o remanso abrigasse
ou a vaga impressão do fim estaria assim decodificada?
Eis que o perigo não está no excesso ou na escassez,
no medo que paralisa ou nessa incômoda invalidez.
Mas na ausência de amor em que se resume esse nada.