Depravado

No passar dos dias,

da carne, da dor,

da rebeldia que ainda nos resta,

serei eu o mais depravado de um meio momento,

momentâneo opaco, diante turmalinas? 

No mais alto edifício em construção para demolir?

Na obrigação não obrigada a ser feliz,

amando o par torto de pernas tortas sem rumo,

pois àquilo que consideram normal,

diante o normal que pouco consideram,

até o prudente momento de ser você,

sendo você, considera o amor àquilo que deliciosamente dói.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 25/05/2021
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