Atravesso a margem do impossível
porque equilibrar-se por um fio
oscilar entre certezas e vazios
o sonho vão fica impassível

o seu rosto desfaz-se em brumas
assombra meus longos dias
escorre sem dó por minhas retinas
nada a fazer para lhe encontrar
‘de olhos fechados aonde quer que vá’
mesmo de longe fico a lhe olhar
desencontrada, sem palavras
desencantada_ não me amavas

derramo luz em minhas frestas
deito-me à beira dos caminhos
a alimentar meus tênues sonhos
reinvento-me.  é o que me resta
@soninhaportopoa
(Escutando 'aonde quer que eu vá", com Paralamas).
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 23/05/2021
Código do texto: T7262008
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