O coração da pátria

Eu jurei servi-la

Mas o que acontece neste longínquo canto do país, a vontade de voltar a casa se assenta na saudade

Desde que jurei servir a pátria, fui lançado diretamente Para o mato

Onde o berço da minha vontade tampouco se esquece

Desde que jurei servir a pátria amada

Levanto na aurora da matina

E nas costas levo a filha inusitada

Do relevo a dentro escalo lutando com inimigo que não reconheço a sua proveniência

E vejo meus colegas se transformando em cinza

Mesmo assim, continuo com peito acentuado armando minha esperança do amanhã

Rodeado de homens armados

E digo, eu vou morrer por ti berço da minha existência

E quando volto para aquela esmofada solitária

Obrigatoriamente tenho que estar naquela fila

Esperando os restos que os comandantes deixaram para segurar o estômago

Sem tempo para descansar

Tenho que estar naquele portão

Feito guardião

Procuro uma esquina para fazer oração

Daí recebo um telefonema de casa

Perguntando

"Filho está tudo bem?"

Paulatinamente reparo nos lados e respondo

"Esta tudo bem" só para não desgraçar corações

A verdade dói

Mas tem que ser dita

O vosso filho vive no mato feito um animal, onde alimentação saudável é so Massala

E sobremesa é a cinza da bala

Carmony Sama
Enviado por Carmony Sama em 20/05/2021
Código do texto: T7260181
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.