O corte

De manhã cedo, medo, café, preguiça, olhos fitam horizonte,

No espelho loucura, bagunça, timidamente uma face amedronte,

Lá fora uma rua que como sempre nua

Desapego do meu ócio, estado do confortável porto,

Tiro de perto, o que não serve, desse corpo pedaço morto,

Naturalmente o corte, não diz muito sobre a gente.

Pesados dias que carregam todos os céus,

Aqui na terra, minha cela, vejo ostentar seus troféus,

Rio da mente, afogai com a corda, que para mim não mais importa.

Gilvan Soares
Enviado por Gilvan Soares em 16/04/2021
Reeditado em 16/04/2021
Código do texto: T7233533
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