Catalisador e Inibidor

Erros me fazem entrar em furacões

Onde giro em velocidades cada vez maiores a cada um que penetro

O catalisador? A culpa.

Saio destruindo cada parte da cidade composta de serotonina

Aquela que meu governo decidiu atrasar todas as obras

Mas que mesmo assim conseguiu ser concluída

Uma pena que depois de pronta

Ventos circulares de negatividade

Tenham-na destruído.

 

Após as obras terem virado pó

Sigo na mesma intensidade de autodestruição

Cobrando-me pela perfeição na qual nem existe,

Torturando cada parte do meu ser

Até que alguma dor possa ser suficiente para me punir pelo erro cometido.

 

Ao achar a dor “ideal” os ventos se alinham

Abro os olhos e sentada em restos de uma cidade choro.

Eu choro por não ter lembrado

Do quão foi demorado erguer cada construção de felicidade e força de vontade.

 

Mais uma vez de volta a estaca zero

Pergunto-me quantas destruições até finalmente parar de criar furacões.

Concluo ser preciso retirar o catalisador culpa

E adicionar inibidores compostos de lembranças.

 

Lembrando-se do verdadeiro juiz

O que disse: “Aquele que não tiver pecados que atire a primeira pedra”.

E com esse pensamento me prender

Para que nenhum furacão novamente possa ocorrer

Assim me perdoando, recordando que todos nós erramos

E que pessoas perfeitas são inexistentes.