IMAGINÁRIO

Entre todas as coisas más e boas

De muitas coisas me convenço agora

Me convenci que o céu poente é a mais perfeita trajetória

E que balanços podem matar pessoas

Que eu existo num mundo paralelo

Onde absolutamente tudo poderia ser belo

E eu tenho tudo quanto quero

Desfrutando a tarde de sol amarelo

É sempre bom tempo, tempo de diversão

Eu esqueço do mundo em volta

Lá eu não tenho privações e nem escolta

Eu vivo pela fuga absurda da razão

Cenários, tortura, tortura, tura

Sangue e musculatura

Essa visão torpe e dura

É uma lâmina que perfura

O céu amarelo escorre pelos prédios

Cenário de um mundo alternativo, oposto

Um mundo onde estrelas caem de desgosto

E eles me dopam com remédios

Não tem motivo para que você tema

Eu conheço todos os esquemas

D.E.M.A

Eu sou o menor dos seus problemas

Eu luto como ninguém

E subsisto às patologias mais cruéis

Se algum dia invertessem os papéis

Saberiam que eu não sou refém

Corro atrás do inacabado, sozinho, obcecado

Respiro a névoa de um mundo estacionado

Eu tenho o que não me foi dado

Devaneio Excessivo Mal Adaptado

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Natalia L A
Enviado por Natalia L A em 25/03/2021
Reeditado em 25/03/2021
Código do texto: T7215640
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