IMAGINÁRIO
Entre todas as coisas más e boas
De muitas coisas me convenço agora
Me convenci que o céu poente é a mais perfeita trajetória
E que balanços podem matar pessoas
Que eu existo num mundo paralelo
Onde absolutamente tudo poderia ser belo
E eu tenho tudo quanto quero
Desfrutando a tarde de sol amarelo
É sempre bom tempo, tempo de diversão
Eu esqueço do mundo em volta
Lá eu não tenho privações e nem escolta
Eu vivo pela fuga absurda da razão
Cenários, tortura, tortura, tura
Sangue e musculatura
Essa visão torpe e dura
É uma lâmina que perfura
O céu amarelo escorre pelos prédios
Cenário de um mundo alternativo, oposto
Um mundo onde estrelas caem de desgosto
E eles me dopam com remédios
Não tem motivo para que você tema
Eu conheço todos os esquemas
D.E.M.A
Eu sou o menor dos seus problemas
Eu luto como ninguém
E subsisto às patologias mais cruéis
Se algum dia invertessem os papéis
Saberiam que eu não sou refém
Corro atrás do inacabado, sozinho, obcecado
Respiro a névoa de um mundo estacionado
Eu tenho o que não me foi dado
Devaneio Excessivo Mal Adaptado
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