O homem que quis sabia o que queria
Por saber o que queria, não precisava dizer-lhe o que fazer
O homem que quis, era um que não se prestava a ser capacho
Porque capachos são para o chão e jamais fui chão 
O homem que quis sabia ser gentil na medida exata
O homem que quis sabia quando devia ser firme
Mas sabia quando devia rever atitudes e voltar atrás
O homem que quis não me fez de bússola
Ele sabia exatamente para que lado ficava o norte
Se ele quisesse ir para o oeste, eu iria porque me parecia bom
O homem que quis sabia que não entendo todas as coisas
Mas também sabia que poderia aprender o que fosse preciso
Sabia que mesmo que eu não pudesse fazer algo, poderia escutá-lo...
E saber escutar é uma arte refinada e rara
O homem que quis, não tinha estratégias de guerras pré-concebidas
Era paz nas tempestades, calmaria nas temporais e luz nas trevas
Não porque fosse um super-herói, mas por toda sua experiência
O homem que quis sabia como ser meu amado homem
Não fazia jogos de horror na nossa cama onde um tentava superar ao outro
O homem que quis era simples e complexo, íntegro e inteiro
Nunca seria dona do homem que quis, nem ele seria dono de mim
O homem que quis seria meu por seu querer, assim como seria dele porque queria
O homem que quis jamais existiu além do meu querer