TRIBUNAIS DE CULPA
Nem tudo vale a pena, pode até a alma ser pequena
Mas um crítico não se droga pelos vícios da mente
Maus músicos, péssimos livros, bingos, mega-sena
Não podem iludir um revolucionário, um à frente
Relativismos exagerados, fundamentalistas cegos
A falta de crítica, de dúvida, e a falta de certezas
Os impulsos do id, a forte pressão do superego
Nada podem abalar nossa humildade plena de nobreza
A fé e a ciência são os feijões dos gigantes
A covardia e a prepotência são os cadáveres do empírico
Só o zero não sabe julgar. É que não existe no antes
Mas o agora nos exige posições civis e políticas
“Julguemo-nos uns aos outros como eu vos julgarei
Mas atenção! Não pelas costas, pois assim eu não perdoarei!”