TRIBUNAIS DE CULPA

Nem tudo vale a pena, pode até a alma ser pequena

Mas um crítico não se droga pelos vícios da mente

Maus músicos, péssimos livros, bingos, mega-sena

Não podem iludir um revolucionário, um à frente

Relativismos exagerados, fundamentalistas cegos

A falta de crítica, de dúvida, e a falta de certezas

Os impulsos do id, a forte pressão do superego

Nada podem abalar nossa humildade plena de nobreza

A fé e a ciência são os feijões dos gigantes

A covardia e a prepotência são os cadáveres do empírico

Só o zero não sabe julgar. É que não existe no antes

Mas o agora nos exige posições civis e políticas

“Julguemo-nos uns aos outros como eu vos julgarei

Mas atenção! Não pelas costas, pois assim eu não perdoarei!”

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 20/03/2021
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