SOLIDÃO

Caminha tua solidão sorrateira na escuridão

Passeia pelas horas, silenciosa

Entre cômodos vãos

Onde vês a tua vida passar

Tristonha, ruidosa

Te atormenta essas horas

Entre vazios ferozes

Que te consomem a alma, a flora

Entre vis melindres, das lembranças...

Dos tempos de outrora

És tu, tua melhor companhia neste calvário

Tedioso, melindroso, malvado

A ti foram reservados os cravos e espinhos

Desse estado, de estar sozinho

Caminha tua solidão sorrateira nesta escuridão

A passos largos para longe de qualquer terreno seguro

Vai junto com as horas amarguradas pela madrugada

Te dando o fel, de uma vida solitária

Procuras uma fuga e não encontras saída

És presa condenada, ferida

És tu e ela completamente inimigas

Até o dia… que em ti, não se faça mais a solidão, guarida.

Fernanda A. Fernandes

16/03/2021

Fernanda A Fernandes
Enviado por Fernanda A Fernandes em 16/03/2021
Reeditado em 17/08/2021
Código do texto: T7208454
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